segunda-feira, 8 de maio de 2017

MAPAS HISTÓRICOS DA ROMA ANTIGA EM TODOS SEUS PERÍODOS



ROMA

            Existem diversas lendas sobre a fundação de Roma. O que se sabe ao certo é que, por volta de 800 a. C., Roma era constituída por povoações situadas no topo de colinas próximas ao Rio Tibre e à fértil planície do Lácio.


            A História de Roma divide-se em três períodos: Monárquico, Republicano e Imperial.

PERÍODO MONÁRQUICO (753 a. C. até 509 a. C.). Durante esse período, Roma foi dominada por outros povos que lá viviam, como os etruscos, que durante cerca de cem anos dominaram a cidade, impondo-lhe seus reis.
            Em 509 a. C., os romanos derrubaram o rei etrusco Tarquínio, o Soberbo, e fundaram a República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados, os cônsules, para governar.






PERÍODO REPUBLICANO (509 a. C. até 27 a. C.). No início da República, a sociedade romana estava dividida em quatro classes: patrícios (aristocracia rural), clientes (não-proprietários que, para sobreviver, colocavam-se a serviço de um patrício), plebeus (camponeses, comerciantes e artesãos) e escravos. As instituições políticas eram controladas pelos patrícios.
            A crescente marginalização política, social e econômica da plebe desencadeou uma luta entre patrícios e plebeus que se estendeu por cerca de dois séculos (séculos V e IV a. C.).
            Apesar da luta interna entre patrícios e plebeus, os romanos conseguiram, entre 509 e 270 a. C., conquistar quase toda a Península Itálica. Após essa conquista, partiram para a conquista do Mediterrâneo. Destruíram Cartago e estabeleceram a supremacia de Roma no Mar Mediterrâneo, chegando a chamá-lo de Mare Nostrum.
            Em seguida os romanos se sentiram ameaçados pelos prósperos reinos da Anatólia, Macedônia e Síria. Em 80 a. C., esses reinos estavam submetidos ao poder de Roma.
            Em 59 a. C., Roma voltou-se para o norte. Júlio César, um ambicioso aristocrata romano, invadiu a Gália que corresponde à França atual. César conquistou toda a Europa a oeste do Rio Reno.
            As sucessivas conquistas provocaram, em Roma, grandes transformações sociais, econômicas e políticas.
            No plano social, com o aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos, houve um grande surto de desemprego. A utilização dos escravos como mão-de-obra provocou a concentração das terras nas mãos da aristocracia e a conseqüente ruína dos pequenos proprietários de terras, forçados a migrar para as cidades.
            No plano econômico, as conquistas criaram condições para um grande desenvolvimento da manufatura e do comércio, e o surgimento de uma nova camada de comerciantes e militares que enriqueceram: os “homens novos” ou cavaleiros. Essa nova camada, porém, tinha reduzida participação política no regime republicano, cujos cargos estavam nas mãos da aristocracia.
            Essas transformações desencadearam em Roma uma série de lutas políticas. A sociedade romana se dividiu em dois campos: o partido popular, formado pelos “homens novos” e pelos desempregados, e o partido aristocrático, formados pelos grandes proprietários rurais. As lutas entre esses dois partidos estenderam-se de 133 a. C. a 27 a. C. e caracterizaram a fase da decadência da república romana.
            Júlio Cesar realizou uma série de reformas e conquistou enorme apoio popular. Em compensação, os ricos sentiram-se prejudicados em seus privilégios e começaram a conspirar.
            No dia 15 de março de 44 a. C., quando entrava no Senado, César foi assassinado.
            O assassinato de César provocou uma verdadeira revolta popular. Os conspiradores foram derrotados, formando-se um Triunvirato composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Na luta que se seguiu, Lépido foi afastado e Otávio venceu Marco Antônio, concentrando em suas mãos o poder (30 a. C.).

Guerras Púnicas

Conquistas de Júlio César (República Romana)



PERÍODO IMPERIAL (27 a. C. até 476). Três anos depois, em 27 a. C., o Senado atribuiu a Otávio o título de Augusto, que significava “consagrado”, “majestoso”, “divino”. Com Augusto, que durou até 14 d. C., marcou o início de um longo período de calma e prosperidade, que passou à História com o nome de Paz Romana.
            Os dois primeiros séculos após a morte de Augusto constituíram o período mais brilhante da História de Roma. Roma tornou-se o centro de um império que se estendia pela Europa, Ásia e África.







            Sucederam Augusto, até o fim do século II, quatro dinastias de imperadores:

  • Dinastia Julio-Claudiana (14 a 68), com os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Essa dinastia esteve ligada à aristocracia patrícia romana. A principal característica dessa fase foram os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.
  • Dinastia Flávia (68 a 96), com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano. Esteve ligada aos grandes comerciantes. Os imperadores dessa dinastia, apoiados pelo exército, submeteram totalmente o Senado. Nesse período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão (diáspora) do povo judeu.
  • Dinastia Antonina (96 a 193), com Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio e Cômodo, que assinalou o apogeu do Império Romano. Os imperadores dessa dinastia, exceto o último, foram excelentes administradores. Adotaram uma atitude conciliatória em relação ao Senado. Roma jamais voltou a conhecer um período de esplendor como este.
  • Dinastia Severa (193-235), com Sétimo Severo, Caracala, Heliogábalo e Severo Alexandre, caracterizou-se pelo início de crises internas e pressões externas, exercidas pelos bárbaros, prenunciando o declínio do Império Romano, a partir do século III da era cristã.



8 comentários:

  1. porque caiu o Imp.º Romano? é uma magna quaestio para os historiadores. Não sou historiador mas estou à vontade que afirmar que é uma grosseira mentira dizer que foram os bárbaros, como ainda hoje dizem nas escolas. É tudo e só uma questão de datas. É que muito antes dos bárbaros já os cristãos tinham dado cabo do Imp.º . Quando um dos chefes duma tribo invasora entrou em Roma foi recebido pelo papa; já não havia lá Imperador nenhum. É fácil confirmar a minha afirmação. BASTA VER AS DATAS. Pode-se dizer que houve um facínora traidor que liquidou o Império e foi CONSTANTINO ao entregá-lo de mão beijada aos seus maiores inimigos, OS CRISTÃOS convocando Concílio de NICEIA. Todas as invasões barbaras são posteriores. Pos! A História está cheia de MENTIRAS e esta é uma delas.

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  2. Caro Ceptico, antes de tudo obrigado por sua contribuição neste singelo blog, apareça sempre, pois sua opinião enriquece-o. Não acredito que o Cristianismo tenha sido o responsável único pelo fim do Império Romano, mas sem dúvida foi um dos movimentos que enfraqueceram bastante o Colosso Latino.

    Num texto anterior sobre feudalismo existem algumas explicações sobre as várias crises que assolaram o Império Romano:
    O Império Romano passou por um prolongado período de crises que o levou ao enfraquecimento interno e a consequente conquista das terras romanas pelos povos bárbaros. O trabalho escravo, a principal relação de produção da Antiguidade Clássica, vai aos poucos se desmantelando, o que leva a sociedade romana a uma série de crises:
    Crise econômica – a formação dos latifúndios (grandes propriedades rurais) e sua concentração nas mãos do Estado (ager publicus) e da aristocracia, deixaram a economia enfraquecida;
    Crise social – ligada diretamente a crise econômica que deu origem a inúmeras revoltas sociais provocada pela existência de milhares de trabalhadores sem terras, principalmente camponeses e escravos. Esta crise se agravava com a falta de alimentos e a inflação;
    Crise política – a luta pela tomada do poder, travada entre senado e comandantes militares, foi permanente após o governo de Augusto
    Crise religiosa – a luta entre o monoteísmo cristão e o politeísmo que predominava no mundo romano. Durante algum tempo, essa luta foi travada entre cristão e bárbaros.
    Do desmoronamento formaram-se os reinos bárbaros que invadiam as fronteiras romanas em hordas cada vez maiores.

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  3. excelente explicação! Os mapas cronológicos tornaram a explicação muito didática, parabéns!

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  4. Legal, que bom que gostou, gosto muito de trabalhar com mapas e imagens. Volte sempre, você é muito bem vindo.

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  5. Muito interessante seu blog, me ajudou bastante.

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  6. Desculpe-me a demora em responder, mas eu que agradeço sua visita, volte sempre.

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  7. Muito obrigada. Estava procurando mapas do período do Império Romano. Muito, mais muito legal.

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  8. Que bom que o Blog do Maffei foi de serventia para você. Eu agradeço pela visita, volte sempre.

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